sexta-feira, 27 de maio de 2011

Muito mais que um contraceptivo

Dia 28 de maio é o Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher e, apesar da correria com a monografia, decidi participar da blogagem coletiva do Blogueiras Feministas.
Não vou falar sobre nada novo, camisinha é o assunto mais lugar comum quando se fala de saúde sexual feminina. E o que mais me intriga é saber que ainda existem mulheres que não as usam com seus parceiros fixos. Algumas dizem não usar pois usam outro método contraceptivo e outras porque confiam no parceiro. Independente do motivo, acredito que a camisinha tá muito além de confiança ou contracepção.
O uso da camisinha é questão de saúde, não usá-la pode levar a mulher a pegar alguma DST, dentre elas a aids. Sei que é chover no molhado, mas qualquer outro método contraceptivo não te protege dessas DSTs. E sabemos que, por mais que a gente confie em nossos parceiros, deslizes podem sim acontecer. E isso não faz deles menos confiáveis, apenas prova que são humanos. Em outra hipótese, esse seu parceiro, muito fiel a você, pode ter o vírus HIV em seu corpo sem ele se manifestar e te passar sem nem saber, afinal, seu parceiro teve um passado antes de te conhecer. Outro motivo é simples, ele pode pegar uma micose, de piscina, praia ou sei lá, e te passar e vocês ficarem um reinfectando o outro. Não tem muito como fugir, o uso da camisinha é necessária em qualquer relacionamento.
campanha do carnaval de 2009
De acordo com o site Mulheres contra DST e Aids, 50% das pessoas infectadas pelo vírus HIV no mundo são mulheres e a população feminina infectada pelo vírus está crescendo na América Latina, com aproximadamente 550 mil mulheres. E, independente de campanhas, as mulheres continuam não usando camisinhas e se infectando com seus parceiros fixos.
O sexo seguro não é necessário só em one night stand, a camisinha precisa ser usada em namoros longos e casamentos. Em 2009, a campanha do governo sobre o uso de preservativos no carnaval, foi direcionada a mulheres de 50 anos ou mais, graças ao aumento de mulheres nessa idade a se infectar com o vírus. E sabemos que a maioria das mulheres nessa idade tem relacionamentos fixos ou são casadas. De acordo com o site, as mulheres nessa idade não têm muita voz para pedir a camisinha para o seu parceiro e conseguir fazer essa mulher ter voz para pedir e não aceitar transar sem a camisinha:


Mas, ao falar sobre isso, abordamos muito mais que simplesmente a vontade da mulher. Abordamos também a falta de coragem dessa mulher de pedir ao seu companheiro para colocar a camisinha, uma mulher ainda submissa ao homem. E essa submissão chega a tal ponto dela não conseguir exigir sua própria proteção durante o sexo. E o que mais além disso ela não exige de seu parceiro? No que mais ela é submissa ao seu marido?
Queria mesmo terminar esse texto com alguma frase de efeito legal que combinasse com o que escrevi, mas não tenho muito o que dizer. Esse post é apenas uma reflexão rápida sobre a submissão da mulher em relação ao seu companheiro, deixando-o decidir tudo por ela, sem direito a opinião própria.


Links de outros posts da blogagem coletiva:


Veja mais links no post do Blogueiras Feministas - 28 de maio - dia internacional pela luta da saúde da mulher
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