domingo, 20 de novembro de 2011

Post-conversa para a blogagem coletiva do Dia da Consciência Negra

Quando tivemos a ideia de escrever juntos nessa blogagem coletiva, proposta pelo Blogueiras Feministas, decidimos fazer um bate papo sobre nossa luta contra o racismo e como mostramos o negro em nossas histórias em quadrinho. Pautamos a conversa em noss@s protagonistas negr@s: Diana, profiler policial da graphic novel Valhalla (roteiro Sara Siqueira e desenho João Miranda); e os personagens da webcomic Sharpeville (criadas por João Miranda, como projeto de final do curso superior de Artes Visuais na UFJF).
Além disso, mantivemos como foco principal quatro tópicos importantes no debate sobre personagens/protagonistas negr@s e sua criação:

  1. porque d@ personagem ser negr@
  2.  presença de personagens negros nos quadrinhos (ou ausencia). porque é tão importante pensar nisso
  3. falar sobre negros é falar sobre a origem do negro? porque?
  4. como tornar um personagem negro mais natural dentro das tramas
Questões que necessitam ser abordadas por qualquer criador de roteiros, seja ele pros quadrinhos, pra telenovelas, filmes, livros ou peças de teatro. Principalmente se esse criador/roteirista tiver uma luta contra o preconceito. Falamos em muitos momentos de criação de estereótipos e de como esses estereótipos podem aumentar o preconceito, principalmente o racismo. Eu (Sara) já falei em uma outra blogagem coletiva sobre a empregada doméstica negra e sem vida pessoal. Acho que esse é um dos estereótipos que tentamos retirar da imagem do negr@ no Brasil.
Abaixo, estamos transcrevendo a conversa no msn, como foi nossa ideia inicial, com alguns cortes (pois ela está enooorme! Como sempre assuntos polêmicos e políticos duram muitas páginas de conversa entre a gente.)
Diana, protagonista do Valhalla - desenho por João Miranda

"Sara diz:
Eu pensei em explicar primeiro minha ideia de trabalhar uma mulher, negra e lésbica como
protagonista
Bem, quis trabalhar com um personagem que fosse um exemplo de superação dos preconceitos típicos da nossa sociedade. Uma mulher negra que tem um bom cargo em uma corporação tipicamente masculina, a polícia.
Não pensei muito em fazer uma personagem negra para o quadrinho como um ícone da cultura negra nos quadrinhos, pensei em fazê-la negra porque desejava falar de assuntos relacionados aos negros no Brasil
Não foi "vou fazer uma negra só por fazer", ela tem motivo de existir na trama e de ser negra
João diz:
É, até agora nas obras que eu efetivamente realizei, eu criei personagens negros por uma motivação específica dentro da trama .
Parece que ainda ao falarmos de negros, tem que ter uma razão atrelada a isso, ou um alarde sobre o fato. Sei que isso tá bem condicionado a nossa realidade, quer dizer: quantos
protagonistas de novela negras (negros) temos e que a trama não dialogasse diretamente com a questão do racismo?
Sara diz:
Acho legal também a relação dela com a cultura católica, sua tia, que foi quem a criou, é católica e negra. Queria tocar nesse assunto, pois são poucos negros que eu conheço hoje em dia que mantém uma religião Afro, a maioria são cristãos, católicos ou evangélicos.
Sempre me perguntei o motivo de existir tantos negros católicos, foi uma coisa forçada na época da escravidão, negros sempre foram obrigados a rezar pelo Deus dos europeus, e esconder sua fé, isso fez uma lavagem cerebral enorme nos negros, levando até a um preconceito muito grande com a própria cultura
João diz:
Verdade, a sociedade em si ainda não tem uma boa aceitação com as religiões afro
Sara diz:
Acho que em um quadrinho onde se fala sobre fé e religião, acabamos falando sobre a cultura e as religiões afro, não tem como passar despercebido por isso
João diz:
Tem aquele “ranço” de ignorância em acreditar nos ritos africanos como "feitiçaria", "macumba". Nos Estados Unidos o "voodoo" é bastante temido. você pode ver isso em quadrinhos, animações e filmes. quando na verdade é uma feitiçaria que pode ser usada tanto para o bem quanto para o mal. Depende de quem usa e não do rito em si
Sara diz:
Da mesma forma que ela não crê em religião nenhuma, a protagonista vive envolta com crimes religiosos. Ela tem uma tia religiosa, frequenta a missa (pra agradar a tia), lida com terreiros e centros espíritas.
Toda religião tem um lado bom e outro ruim, até mesmo o catolicismo é uma religião com duplicidade de sentimentos
João diz:
Com certeza Sara, acima de tudo falar sobre várias religiões é desmistificar uma série de coisas.
Sara diz:
Não existe só bondade no coração do ser humano e os deuses das religiões são criados e pensados por seres humanos. Em momento nenhum falarei só de coisas ruins ou só de coisas boas de nenhuma religião
João diz:
Ao buscar essa diversidade sexual e religiosa dentro da trama e tratar com naturalidade, acho que você em “Valhalla” cria alguns novos e interessantes paradigmas.
Sara diz:
Até mesmo o peso católico da trama é bem equilibrado, a tia da protagonista é o peso bom e os crimes são o peso ruim.
João diz:
A personagem principal é negra e lésbica, resolve crimes rituais em várias cidades do Brasil.
Vê o quanto você fala de sociedade e do país só na premissa?
Sara diz:
 Verdade, é muito da cultura do Brasil em um quadrinho só, dá até medo de não dar certo.
 A lesbiandade dela, ao mesmo tempo que se encaixa perfeitamente com a trama, também       tem motivo de existir. Ela é vista como masculina por seus colegas de trabalho, sua tia acha que ela poderá sofrer se for assim, e no final tudo está entrelaçado, sua cor, seu gênero e sua sexualidade, mas mostrar o preconceito é sempre bom e necessário.
 Então ela não é mulher, negra ou lésbica pra falarmos sobre o preconceito, ela é tudo isso porque a trama pede e podemos junto fazer uma conscientização contra o racismo, machismo e homofobia.
João diz:
Sim, mas acima de tudo o foco tem que ser uma história eficiente, não basta só a conscientização como fio principal. Aliás, essa tem que ser apenas o fundo da trama (nesse caso) e não a superfície.
Sara diz:
Sim, porque conscientização em uma história sem uma trama interessante não funciona, se a trama não levar ninguém a ler a história, de que adianta mostrar um trabalho de luta contra machismo, homofobia e racismo?
João diz:
Em “Sharpeville” eu tive esse temor e busquei equilibrar as coisas, pois o principal era a conscientização. Mas tinha de ter um forte elemento humano nela.
Sara diz:
E a protagonista ser negra, mulher e lésbica tenta também mostrar que um homem, um@ heterossexual ou um@ branc@ pode se identificar com uma pessoa tão "diferente" dele, afinal, o caráter e sua inteligência é o que faz dela tão admirável a ponto de rolar essa identificação sim, mas a personagem mulher de “Sharpeville” é muito cativante, pelo menos pra mim. Então, me senti envolvida na trama graças a isso.
João diz:
Ela é acima de tudo uma mulher muito forte. Forte por tudo que passou e que passa.
Sara diz:
É aí que eu me identifico com ela. Venho de uma família onde todas as mulheres, mesmo as que não são feministas são incrivelmente fortes.
João diz:
É o ideal de pessoa, não apenas mulher, que eu tenho em mente. Ela tem múltiplas facetas, múltiplas possibilidades e um desejo enorme de realizar o que almeja.
Sara diz:
Até porque é esse desejo que nos move. Minha irmã disse ontem que não consegue imaginar uma pessoa q viva sem fé, eu não consigo imaginar uma pessoa que viva sem desejo.
Sara diz:
O que me dei conta é que essa fé da minha irmã se traduz como o desejo que eu imagino ser o motor que gira a vida foi esse desejo que coloquei na Diana, porque achava que ela precisava ter muita vontade de viver, muito desejo em seguir a diante, mover e modificar o mundo em que ela vive.
João diz:
No segundo segmento de “Sharpeville”, a vemos como uma mulher trabalhadora, ativista, de opinião bem formada (e até radical), até encontrarmos uma mulher suave, compreensiva(ainda que bastante orgulhosa) e atenciosa.
João diz:
É um segmento muito curto para as possibilidades que eu gostaria de dar para ela, mas sinto que é a personagem com mais presença, que mais defina o que é a trama e a luta contra o racismo e machismo.
Sara diz:
Sim, ela é um ícone de dois movimentos muito comuns naquele momento na África do Sul, um deles muito visível no mundo todo (o feminismo) naquele momento.
João diz:
Eu acho que desejo é fé. É algo que você acredita com tanta força e que busca com tanta vontade que você crê que uma hora será realidade
Sara diz:
Eu acho que fé é uma definição muito religiosa. E eu ultimamente tenho questionado a religião e a fé da mesma forma que Diana as questiona o tempo todo.
Sara diz:
Acho que a Diana sou eu, em muitos momentos me pareço tanto com ela, e ela comigo.
Isso é outra coisa curiosa não sou lésbica, nem negra. Pelo menos não vivo sob o preconceito que as lésbicas vivem (até por me relacionar nesse momento com um homem) e não tenho cor, então sofro menos com o racismo. Mas sei e sinto muito bem o que as mulheres negras ou lésbicas sentem.
João diz:
Mas você é negra sim, tem sangue negro pulsando em seu DNA.
A questão é: nesse Brasil, quem NÃO é negro?
Sara diz:
Ter sangue negro é quase unanime no Brasil e é nessa hora que questionamos se as negras se sentem parte do movimento feminista, mas nem todo mundo é negr@.
Trecho do quadrinho Sharpeville - desenho de João Miranda
(tivemos um intervalo de algumas horas, retomamos o papo de noite, até com as ideias mais e melhores elaboradas...)

João diz:
Mas ainda não peguei essa não identificação, e a questão do movimento feminista Sara.
Sara diz:
O que acontece: sempre ouvimos q o feminismo é um movimento burguês e branc@. Não sei se eu concordo, mas em muitos momentos vejo negras dizendo que sentem falta de lutas pelos direitos das mulheres negras. Como vejo também muitas lésbicas e bissexuais pedindo mais luta pelos direitos LGBT dentro do movimento feminista.
Eu me sinto contemplada, mas muitas não se sentem.
Tem um post ótimo da Marília falando disso, e outro da Luana.
João diz:
Eu vejo um pouco esse paralelo (com os movimentos femininos serem burgueses e branc@s) com o porquê os movimentos negros não ganharam engodo popular. Eu li um artigo que falava mais ou menos sobre isso. Como sempre, preciso estudar mais sobre o assunto (nunca sinto que sei o suficiente e nesse caso há pessoas que estão mais versadas do que eu), mas o artigo (que falava sobre consciência sobre a cor), falava que o movimento negro teve muito do seu berço em grupos de cidadãos mais favorecidos financeiramente, e de alguma forma se manteve nessa esfera, pois os negros com menos renda ( e graças a uma série de outros fatores) se preocupavam muito mais em como cobrir o básico de vida.
Já que o estado nada fazia, como ainda pouco faz.
Ou seja, uma luta "invalidou" a outra. Isso se soma a esse racismo velado que temos em nosso país. Escondido sobre o manto da liberdade e mistura racial
Sara diz:
Pois é.
Sabe, em muitos momentos, vemos @s negr@s dentro de vários movimentos, algumas vezes luta nem é por identificação direta é só uma luta contra o preconceito, mas é difícil ver quem abrace mesmo a luta contra o racismo.
João diz:
As lutas tem que se somar, pois todas são em nome de um país mais livre e pacífico para todos. É como lutar contra a um fantasma Sara, por mais que ele te “faça mal”, muitos acham que ele não existe, ou se existe, não pode ser tocado. No meu trabalho (conclusão de curso, bacharelado) eu menciono uma pesquisa do jornal Folha de São Paulo q foi compilada no livro "Racismo Cordial" 80% dos entrevistaram admitiram existir racismo no Brasil, mas só 2% se admitiram como racistas.
Sara diz:
Sim, nós somos loucos, que enxergam preconceito em tudo. “Piadas são só piadas”. Piadas de negros, de homossexuais, de mulheres são “só piadas”, “não é preconceito”.
Como se piadas não fossem imagem da sociedade em que vivemos
João diz:
Eu espero pelo dia que piadas serão só piadas e uma lembrança de um passado bárbaro e intolerante. O problema é que o momento não é esse.
Sara diz:
Olha, eu me sinto ofendida toda vez que ouço uma piada, mas me sinto mais ofendida ainda quando me chamam de psicótica, exagerada ou sem senso de humor porque não entendo que são só piadas, não tem preconceito ali.
Será mesmo que não tem?
João diz:
O humor é resultado de construção social
Sara diz:
Pois é.
Enquanto for engraçado chamar negro de nomes ofensivos, falar que todo gay é afeminado e que mulher é temperamental e tem TPM, pra mim é prova de preconceito, e acho que há a possibilidade de se ser engraçado sem ofender alguém ou uma classe de pessoas.
João diz:
 Acima de tudo, também é um retrato de uma época. Concordo contigo, mas quero pensar em uma nova atitude para o futuro. É como a criação de personagens negros Sara, exatamente a mesma coisa. Até certo ponto é a construção visual e mental de uma época, porém, estamos em um momento que essas construções caem, o visual pode se manter, mas como representação de uma outra coisa. Diferente disso, se torna uma péssima e incorreta caricatura de um sujeito negro.
Sara diz:
Sim, tudo bem: acredito que o negro deve ser representado sempre com normalidade, tirando o ranço do preconceito da cota no quadrinho.
Ele é parte, como qualquer outro personagem e pode ser rico, pobre, bom ou ruim. O problema é que enquanto ainda existir preconceito, retratar negr@ empregad@ e pobre é comum, e isso só traz continuidade ao racismo.
João diz:
Sim Sim. Ao mesmo tempo que é uma infeliz construção social.
Sara diz:
Por isso devemos desconstruir isso,mas com naturalidade.
Sem forçar a barra "olha aqui, esse personagem é negro pra provar que nem todo negro é empregado", não precisamos explicar só colocar com naturalidade lá.
A Diana ser mulher, lésbica e negra tem motivos muito maiores que mostrar essa normalidade. Já falei, ela encaixa com a trama como uma luva, e isso traz a normalidade de uma mulher negra e lésbica como protagonista da história.
João diz:
A grande evolução nisso vai ser o fato de o personagem existir sem que haja menção a origem ou a cor dele.
Sara diz:
Entendi
João diz:
Mas como fazer isso em uma sociedade cujo "normal" é ter a pele branca?
Sara diz:
Verdade
João diz:
Essa carga aparece de uma forma ou de outra, o negro no Brasil tem um histórico rico e que é extremamente subaproveitado. Parece que falar de negro no país é ficar estacionado no Brasil-colônia, enquanto tivemos tantos movimentos políticos e tantas lutas que não chegaram nos holofotes da imprensa.
   Esse passado tem que ser resgatado
Sara diz:
E também é como se falar do negro fosse apenas falar da luta contra o racismo como se o negro não fizesse mais nada na vida além de militar. Sabe? Como se o negro fosse só isso, não tivesse família, vida social, emprego...
João diz:
Mas como fazer o contrário sara?
   Viver é militar
Sara diz:
Sim. Mas também precisa se entender que o negro não existe só no momento da militância
João diz:
Cada ato é um ato contra o sistema que confina o sujeito à suas próprias regras
Sara diz:
Ou ele é um estudante politizado, ou é um empregado de uma casa de ricos, de resto, não existem negros, entende?
A gente vê em novelas que o negro geralmente não tem vida social, família, amigos...
João diz:
Dwayne Mcduffie falava que a maior dificuldade que ele tinha de escrever personagens negros para Marvel e para DC Comics é que os editores não esperavam que ele criasse pessoas e sim um ícone para uma etnia inteira
Sara diz:
Ou é militante ou é empregado.
Aí trazem o personagem do Lázaro Ramos, que é uma caricatura do negro sexualizado.
João diz:
Como representar um povo todo através de um só ser humano, que é plural e confuso o suficiente só sendo ele?
Sara diz:
Que é um cara que cresceu com seu próprio esforço, mas é alienado de tudo.
Não existe militância + vida, ou é um ou é outro.
Outro problema: querer dar ícones pra uma etnia como se todos fossem iguais, formatados, “então negros são assim” e cria-se um tipo pra denominar toda e qualquer pessoa da cor de pele negra como se cria um tipo pra denominar toda mulher ou todo homossexual.
A visão romantizada de que toda transexual é linda, tem corpo nos padrões de beleza midiáticos é a mesma coisa do ícone negro ou que todo homossexual do sexo masculino é afeminado e que toda mulher é frágil.
João diz:
Sim, mas acima de tudo aí estamos falando de um negro que vive com as questões de ser negro naquela sociedade, escrevendo um personagem desse porte, nunca haverá de ser um estereótipo.
Sara diz:
Mas aí vem com naturalidade
João diz:
O problema é que um personagem "diferente" sempre gera esse pensamento, esse comportamento de ícone.
Sara diz:
E aí que vem a crítica: fazer com naturalidade uma pessoa, não é criar sempre o mesmo personagem. Somos plurais
João diz:
É como um personagem homossexual que se relaciona abertamente. é um indivíduo que representa apenas a si próprio. Porém, como é o único homossexual da trama (o que é um recurso muito usado atualmente nas telenovelas) as pessoas interpretam como se ele representasse todo universo homossexual daquela trama e isso gera ecos na sociedade, mitos e aí julgamentos sociais
Sara diz:
Sim, aí vemos aquele personagem do André Gonçalves, que foi o cúmulo do preconceito com homossexuais. Uma repetição da estereótipos e todo mundo adorando, “tão legal tão real”.
Calma aí, todo homossexual é assim?
João diz:
Mas aí é que tá. Eu fico pensando bastante nisso, um personagem é uma representação do que?
Não tem como definir, depende muito do conceito da obra pois um personagem é uma ferramenta para a trama fluir. As vezes ele cria uma vida própria tão intensa que se torna maior do que a trama
Sara diz:
verdade
João diz:
Mas acima de tudo, um personagem pode ser a representação ou não de algo mais abstrato.
De uma classe social ou de minorias
Sara diz:
Mas personagens icônicos de grupos tratados com preconceito são geralmente muito rasos.
Veja o caso da Celeste (Dira Paes), muito rasa.
João diz:
Defina rasa, como assim?
Sara diz:
Acho que ela em si não é importante, a vida dela gira em torno do marido, da filha e da amiga.
Ela mesma não é tão importante
João diz:
Mas aí é que está, será que ela não é a ferramenta para mostrar essa realidade e quão sem sentido ela é?
Sara diz:
Não sei
João diz:
Ela representa um tipo de mulher que sofreu uma criação e que aceita esse tipo de situação, isso é representação de grupo
Sara diz:
Me sinto incomodada com mulheres assim, tão passivas, que não dão a volta por cima por si, que precisam de um empurrãozão, quase ser jogada a força pra sair dessa zona de (des)conforto."
Link pra terceira parte da webcomic Sharpeville - desenho de João Miranda

A partir daí chegamos em uma conversa menos relacionada ao negro, como sempre nossas conversas não acabam, mudam de assunto. Esse bate papo é uma forma de mostrar como lidamos com a situação do negro em tramas e como a nossa luta envolve a nossa arte. Não existe artista militante que não coloque sua militância em suas obras.
*Mais informações sobre Sharpeville, acesse o blog da webcomic.
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